Está finalmente terminado! E agora, pelos números, quem foi melhor e mais dominante individualmente? Se você leu com atenção até agora, já sabe a resposta: Pelé continua sentado no trono do futebol mundial! O “Rei” tem leve vantagem na artilharia sobre a porcentagem dos gols do seu time e dos jogos de sua época (critério mais justo, como outrora explanado), além de ter maior importância para o Santos que Messi para o Barcelona. Pelas seleções nacionais, Pelé vence com larga diferença; mais decisivo, artilheiro e vencedor.
Porém, de forma alguma essa série de posts pode ser usada para desmerecer o fenômeno argentino. Suas jogadas mágicas e gols antológicos iluminam o futebol atual. Perto de completar 28 anos, ele ainda tem muito tempo de futebol pela frente. “La Pulga” possui certa rivalidade com Cristiano Ronaldo (igualmente uma lenda viva do futebol), mas, por mais espetacular que seja o português, ele não provoca nos adversários o pavor causado por Messi (como Pelé e Maradona faziam no passado). Quando a bola está sob o domínio do argentino, o expectador se cala, prende a respiração ante a expectativa de outro momento genial. Por isso, pode-se dizer que Messi não mais disputa contra seus contemporâneos, mas contra a história.
Para concluir, preciso dizer que sou católico, logo monoteísta. Mas a “religião” do futebol pode e deve ser politeísta. Há espaço no Olimpo para todos os deuses do esporte bretão. Portanto, fãs de Messi, Pelé, Maradona, Zico, Zidane, Platini, Puskas, Di Stefano, Garrincha, Cruyff, Beckenbauer, Romário, Ronaldo, Eusébio (entre tantos outros), não cometam a blasfêmia de diminuir os outros deuses para elevar o seu jogador favorito. Há espaço para todos. Certamente quando “La Pulga” parar, o mesmo milagre divino, que já aconteceu no passado com aqueles craques acima mencionados, ocorrerá novamente: lágrimas cairão das bolas de futebol em todo o mundo, o “pueblo” se entristecerá e perguntará sobre Messi o que o grande Moraes Moreira questionou em canção (intitulada “Saudades do Galinho) quando Zico deixou o Flamengo: “E agora como é que fico nas tardes de domingo sem Zico no Maracanã? Agora como é que eu me vingo de toda a derrota da vida se a cada gol do Flamengo, eu me sentia um vencedor? ”.
Bônus:
Tinha um sul-americano genial no meio do caminho: Pelé x Eusébio e Messi x Cristiano Ronaldo
Rafael FOFOH
Sensacional!
Ótimo trabalho e metodologia de pesquisa!
Otávio Pinto
Obrigado, Rafael!
jose mauro
Penso que definir o melhor de todos os tempos seja uma tarefa difícil, talvez impossível, agora quanto ao maior de todos os tempos não resta a mínima dúvida!
jose mauro
Penso que definir o melhor de todos os tempos seja uma tarefa difícil, talvez impossível, agora quanto ao maior de todos os tempos não resta a mínima dúvida!