“AS CLASSES E AS RAÇAS, FRACAS DEMAIS PARA CONDUZIR AS NOVAS CONDIÇÕES DA VIDA, DEVEM DEIXAR DE EXISTIR. ELAS DEVEM PERECER NO HOLOCAUSTO REVOLUCIONÁRIO.”
Encontra-se essa citação em vários sites brasileiros (comum também em inglês nas páginas estrangeiras), talvez numa tentativa de associar Karl Marx à ideologia nazista. Pois bem, assim como na falsa frase de Lênin (“Acuse os adversários do que você faz, chame-os do que você é”) explicada em post anterior, quem atribui esta citação ao pensador alemão não aponta uma fonte comprovadamente autêntica.
Numa pesquisa online, encontrei uma discussão interessante no “reddit” sobre a origem da frase, baseada em documentos de autoria dos autores comunistas, Marx e Engels. A partir daí, foi possível buscar as fontes primárias para tentar estabelecer a origem da citação e verificar sua veracidade.
Em 22 de março de 1853, Karl Marx escreveu o seguinte trecho num artigo publicado no “New York Daily Tribune”, no qual critica o desenvolvimento do capitalismo (tradução livre; grifos meus):
A sociedade está passando por uma silenciosa revolução, a qual deve ser submetida, e a qual não mais toma conhecimento da existência humana que destrói, tanto quanto um terremoto em relação às casas que subverte. As classes e as raças, fracas demais para dominar as novas condições de vida, devem ceder. Mas pode haver algo mais pueril, míope, que os pontos de vista daqueles economistas que acreditam sinceramente que este lastimável estado transitório não significa nada além da adaptação da sociedade às propensões aquisitivas dos capitalistas? Na Grã-Bretanha, o funcionamento daquele processo é mais transparente. A aplicação da ciência moderna remove a terra dos seus habitantes, mas concentra as pessoas em cidades industriais.
Em outro artigo, escrito em 1849, Friedrich Engels (parceiro intelectual de Marx) discorre sobre as revoluções de 1848, o papel das nações envolvidas, e como povos, outrora reprimidos, se tornam contrarrevolucionários:
Como ocorreu essa divisão de nações, qual foi sua base?
A divisão ocorre de acordo com todas histórias anteriores das nacionalidades em questão. É o início da decisão sobre a vida ou morte dessas nações, pequenas ou grandes.
Toda a história inicial da Áustria até os dias atuais é prova disso e 1848 a confirmou. Entre todas as grandes e pequenas nações da Áustria, apenas três porta-estandartes do progresso tiveram um papel ativo na história, e ainda mantém sua vitalidade — os alemães, poloneses e magiares (húngaros). Logo, eles são agora revolucionários.
Todas as outras grandes e pequenas nacionalidades e povos estão destinadas a perecer em pouco tempo na tempestade revolucionária mundial. Por essa razão, elas são agora contrarrevolucionárias.
Ora, juntando os dois trechos negritados, um de Marx, outro de Engels, chega-se a seguinte frase:
“As classes e as raças, fracas demais para dominar as novas condições de vida, devem ceder (…) estão destinadas a perecer em pouco tempo na tempestade revolucionária mundial”.
Praticamente idêntica à difundida “citação de Marx”! Portanto, factível concluir pela sua falsidade; ela foi construída a partir da união de dois trechos sem relação, escritos por dois autores diferentes. Adicionou-se ainda o termo “holocausto” (inexistente no texto de Engels), possivelmente, para causar um impacto maior, numa tentativa de culpar Marx pelo posterior racismo nazista.
Mas qual seria a origem da farsa? O termo “holocausto” atribuído a Marx e/ou Engels, talvez tenha sido primeiro relatado pelo crítico literário e historiador inglês, membro do partido liberal, George G. Watson, num artigo escrito em 1976, no qual ele liga o marxismo ao racismo. O autor transcreve um trecho de um texto que caracteriza como publicado por Marx, “mas provavelmente escrito por Engels”: “The chief mission of all other races and peoples — large and small — is to perish in the revolutionary holocaust. Therefore they are counterrevolutionary” (“A principal missão de todos os povos e raças — grandes e pequenos — é perecer no holocausto revolucionário. Portanto, eles são contrarrevolucionários”). Nota-se que o autor, além de não transcrever corretamente a frase (trocou “nacionalidades” por “raças”, por exemplo), substituiu as expressão original (não sei se propositadamente ou induzido em erro por outro escritor) “tempestade revolucionária mundial” por “holocausto revolucionário”.
E quanto à citação completa? Em um documentário lançado em 2008, chamado “The Soviet History” (“A história soviética”), há uma participação do supracitado George G. Watson, na qual ele diz:
Ele primeiro apareceu em janeiro, 1849, no jornal de Marx, “Neue Rheinische Zeitung”, Engels escreveu sobre a guerra de classes, nos termos marxistas. Quando a revolução socialista acontecer, a guerra de classes acontecer, haverá sociedades primitivas na Europa, dois estágios atrás, porque elas não são nem capitalistas ainda. Ele tinha em mente os bascos, os bretões, os escoceses, os sérvios. E ele os chamava de ‘lixo racial’ (nota do autor deste post: também não existe essa expressão ‘lixo racial’ no texto original). E eles teriam que ser destruídos, porque estando dois estágios atrás do combate histórico, seria impossível alçá-los ao nível dos revolucionários.
Em seguida, o narrador do documentário lê a “citação de Marx”. Na imagem que aparece na tela, há a indicação da união de dois textos diferentes (captura e vídeo legendado do trecho abaixo):
Como se pode perceber, o autor do documentário, ao atribuir a “citação” a Marx, não prestou atenção nas palavras proferidas segundos antes pelo próprio historiador, o qual mencionou um texto escrito por Engels, não Marx. Mediante um malabarismo incrível, talvez surgiu nesse momento a falsa frase de Marx, pois apenas a partir de 2008 (data do documentário), ela começou a ser divulgada dessa forma na internet.
Alfim, vale informar que Glenn Beck, famoso e polêmico jornalista americano, também ajudou a propagar a frase falsa numa edição especial do seu programa na Fox News, intitulada “The revolutionary holocaust” (“O holocausto revolucionário”).
Anon
Pq vc ta falando que a gente quer associar esta frase com o Nazismo? Todo mundo sabe que não tem nada a ver, a gente relaciona com o COMUNISMO msm, que matou muito mais que o partido nazista, Stalin e Mao Tse Tsung, conhece? Ou vai fingir que eles nunca fizeram nada de errado, em nome do Socialismo que só aconteceu pelo O GRANDE PENSADOR (kkkkk) Karl Marx
Otávio Pinto
Obrigado pela visita e comentário, Anon. O texto trata apenas sobre a inveracidade da frase. Nada além disso.
Atenciosamente,
Otávio Pinto.
Thiago Michael
Bom dia, faz um texto então das frases “reais” dos malucos marxistas! No aguardo
Victor Hugo
Como não quer associar ao nazismo se essa conotação só existe no genocídio nazista? Até o tempo de Marx… Holocausto era só o ritual judaico de queimar o sangue e a gordura proibidos de serem comidos pela lei kosher lá no templo judaico…
Fábio
Ok. Então a conclusão é “deturparam Marx”. Certo? Além do autor do documentário, Stalin, Mao Tse-Tung, Kim Il-sung, Hideki Tojo, Pol Pot, Che Guevara e Fidel Castro também deturparam Marx. É isso? Ô ideologiazinha difícil de entender, hem!
Otávio Pinto
Obrigado pela visita e comentário, Fábio. O texto trata apenas sobre a inveracidade da frase. Nada além disso.
Atenciosamente,
Otávio Pinto.
Sem mentiras
Estou mais de um ano atrasado, mas não posso deixar passar o fato de que você colocou Hideki Tojo, um general japônes fascista e de extrema-direita no meio dos comunistas. A vontade de retratar o comunismo como a única causa dos males do mundo é tanta que esse boçal coloca até quem não tem nada a ver.
Victor Hugo
Tojo era capitalista.. Como o resto dos nazistas.. E o Papa Doc era capitalista. O Fulgêncio Batista e o Pinochet e o Franco e o Salazar e o Rei Leopoldo e o Czar Nicolau e o Kaiser. Etc etc pra cada um dos citados deturpadores de Marx tem uma dúzia de deturpadores do capitalismo? É?
Você não liga pra mentira ou verdade desde que sirva pro seu time… O juiz apitou gol errado? Se É bom pro seu time tá valendo. Se É ruim você xinga o juiz de ladrão….
nisof
Marx e Engels dois capitalistas! Castro, Guevara, Ortega filhotes de capitalistas e latifundiários como a maioria dos parasitas comunistas! Desde quando Kissel Mordekay(“Karl Marx”) e”alemão”?!
Warcraft 666
O historiador mencionou que as frases foram ditas em um jornal alemão da época e não nesses artigos escritos. Você diz que não é verdade mas o fato onde o socialismo/comunismo passa acontece atrocidades. Dizem de Pinochet e da Ditadura Brasileira, mas incomparável com o número de mortes na URSS e na China (40 milhões e 70 milhões, respectivamente), corroborando com essa ideologia. Quando algo dá errado, outro comunista diz “deturparam Marx”. Na verdade Marx era deturpado, aliás, sustentado pelo Engels a vida toda. Só acho estranho não tentar negar outras verdades ditas tais como Stálin/Lenin mandarem matar pessoas na União Soviética. Ah sim, de nada por visitar o seu site, afinal, você só sabe dizer “obrigado pela visita, apenas me referi a invericidade da frase”. Mises mandou abraço.
Otávio Pinto
Obrigado pela visita, Warcraft 666.
Caro leitor, não disse que Engels não publicou seu artigo num jornal alemão da época. Realmente, o historiador diz expressamente sobre o texto de Engels: “Ele primeiro apareceu em janeiro, 1849, no jornal de Marx, ‘Neue Rheinische Zeitung'”. Entretanto, no link do artigo na íntegra (providenciado no texto: http://marxists.anu.edu.au/archive/marx/works/1849/01/13.htm ), também há essa mesmíssima informação (tradução livre): “Escrito por Engels em 8 de janeiro de 1849; primeira publicação no ‘Neue Rheinische Zeitung’, n. 194, em 13 de janeiro de 1849”. Enquanto o artigo de Marx foi publicado pela primeira vez no “New York Daily Tribune” em 22 de março de 1853.
Sim, repeti a mesma frase, pois, ao meu ver, houve o mesmo equívoco: supor que há nesse texto algum tipo de defesa do marxismo/comunismo e/ou dos dos governos da China e União Soviética. Como disse e repito: “o texto trata apenas sobre a inveracidade da frase. Nada além disso”.
Atenciosamente,
Otávio Pinto.
Alexandre
Ainda bem que em nosso sistema atual não temos atrocidades.
Patrick
Obrigado por desconstruir esta mentira, o ódio ignorante à base científica do marxismo só faz reforçar suas teses, novamente muito obrigado por contribuir desta forma para a história.
Marcelo
O próprio texto original está a palavra “holocaust”. E ainda, uma das premissas do marxismo científico para chegar ao mundo idealizado por Marx é a luta armada e a eliminação dos “reacionários”. Desonestidade é negar isso.
Joaquim
Marxismo não é científico, e as frases FORAM ditas, conforme esse próprio artigo demonstra.
Joaquim
Marxismo não é científico e os textos continuam pedindo por violência.
JULIANO RODRIGUES BRASIL DOS REIS
no minuto descrito o historiador deixa claro q na data mencionada janeiro de 1849 ”primeiro apareceu no jornal de marx,engels escreveu sobre a guerra de classes nos termos de marx”,ou seja seguindo ideologia de marx,orientado pelo mesmo,acho que está claro que não foi engels quem citou tal afirmação,e que talvez tenha apenas repetido,claro,digo isso apenas nesse texto,porque ideologicamente partilhava ferozmente dessa ideologia assassina,ainda sim mudando tal frase talvez,mas não mudando seu sentido.marxismo cultural da depressão.
Otávio Pinto
Obrigado pelo comentário, Juliano. O historiador fala sobre o texto escrito por Engels, mas logo em seguida o documentário comete o equívoco de atribuir um trecho daquele texto a Marx (além de insistir no uso do termo “holocausto revolucionário”, inexistente na fonte primária). Ou seja, o documentário utilizou dois textos (um de Marx, outro de Engels) e acrescentou o termo “holocausto revolucionário”, para criar a “citação de Marx”.
Por não ser marxista, não tenho nenhum interesse em rebater críticas ao marxismo neste post ou em qualquer outro artigo deste blog.
Andrea
Olá Juliano este aqui é dele:
“Eles [operários] são tanto uma invenção dos tempos modernos como a própria maquinaria. Nos sinais que desorientam a classe média, a aristocracia e os pobres profetas da regressão, reconhecemos … a Revolução. Para vingar as malfeitorias da classe dominante havia na Idade Média, na Alemanha, um tribunal secreto, chamado”Vehmgericht”. Se se visse uma cruz encarnada a marcar uma casa, as pessoas sabiam que o seu proprietário estava condenado pelo”Vehm”. Todas as casas da Europa estão hoje marcadas com a misteriosa cruz encarnada. A História é o juiz — o seu executor, o proletário (MARX, 1856).”
E este em que ele descreve uma das fases de instauração do comunismo:
“O papel do trabalhador não é abolido, mas ampliado a todos os homens. A relação da propriedade privada continua a ser a da comunidade com o mundo das coisas. Por fim, essa tendência a opor a propriedade privada em geral à propriedade privada é expressa de maneira animal; o casamento (que é incontestavelmente a forma de propriedade privada exclusiva) é posto em contraste com a comunidade das mulheres, em que estas se tornam comunais e propriedade comum. Pode-se dizer que essa ideia de comunidade das mulheres é o segredo de Polichinelo desse comunismo inteiramente vulgar e irrefletido. Assim como as mulheres terão de passar do matrimônio para a prostituição universal, igualmente todo o mundo das riquezas (i. é, o mundo objetivo do homem) terá de passar da relação de casamento exclusivo com o proprietário particular para a de prostituição universal com a comunidade (MARX, 1844).”
Marx foi muito esperto misturou um discurso de luta pelos oprimidos a um discurso de ódio extremo. É por isso que ele ficou tão inquestionável, intocável e endeusado. Mas esta tática é antiga. As religiões se serviram muito dela. Outra tática antiga que ele utilizou foi o silenciamento e manipulação das vozes femininas. Ele incorporou o discurso de luta das mulheres (que já existia antes do marxismo) ao seu. Isso possibilitou uma gradual seleção e silenciamento de vozes femininas. Aí a cereja do bolo são as teorias absurdas de Freud e seus seguidores todas baseadas na sexualização da maternidade e da infância chamando de “tabu”. Culturas tribais, então, tornaram-se exemplos a serem seguidos: vivem em contato com a natureza, muito estupro, incesto, abuso sexual infantil, infanticídio, tudo muito naturalizado. Eles adoram omitir que parte dos escravos “consentiam” com a escravidão devido ao mecanismo de naturalização justamente para poder implantar o seu mecanismo de naturalização do estupro romantizado. E tal qual na escravidão negra, eles separaram: a exploração sexual para ficar com os capitalistas e o “amor” (=abuso sexual) será naturalizado na sociedade que irá consumir corpos de mulheres e crianças. Mas os seguidores de Marx seguiram à risca as palavras do seu profeta incontestável: a gradual islamização da Europa (ditadura do proletariado) está colocando países que antes eram exemplos em direitos femininos entre os com maior índices de estupro no mundo. Além disso, na China o partido comunista está implantando o xiismo por lá e matando um monte de gente, iniciando pelas zonas mais periféricas para não gerar tanto alarde. Quem está noticiando?
Como estou sendo censurada, dei print. Um absurdo não poder colocar a minha resposta.
Felipe Martins
Parabéns pelo artigo e pela paciência em responder aos Boçais. Mesmo com todos os artigos e livros do cara disponíveis digitalmente no Marxist.org, a galera prefere acreditar em mentiras. Abraço
Joaquim
Boçal é quem nega que os trechos pedem violência.
Ranza
okay
mas quando diz que as raças fracas vão perecer isso não seria um forma de racismo?
DIEGO
Isso mesmo, uma frase e outra nada mudará o sentido, ou seja, a essência de destruir outros povos.
Ranza
quem é ele pra dizer quem são fracos?
como ele decide isso?
perecer como?
Romero
Renzo, “fracos” que o Engel se refere são as nacionalidades do Império Áustro-Húngaro, existente na época. Como a Eslovênia, Croácia, Bósnia-Herzegovínia e tantos outros, E, adivinha?, ele estava certo. Com a dissolução do Império Áustro-Húngaro, após a I Guerra Mundial, essas nações, que eram parte de um dos maiores impérios da época (como a Escócia é parte do Reino Unido, por exemplo), foram absorvidas por outras nações, muitas delas construídas artificialmente no imediado pós-Guerra, como a Iuguslávia.
Joaquim
Estava certo coisa nenhuma. O que ele fala é sobre o mundo pós revolucionário. Acorda, mentiroso.
Ranza
queria que um marxista respondesse isso
sem me xingar fazendo o favor 🙂
Emílio
suas fontes não colocaram o jornal, já no video tem! ou será que Bernard Shaw também leu errado? tem video dele concordando!
Otávio Pinto
Há essas informações; os nomes dos jornais são os mesmos tanto nos artigos originais quanto nos mencionados no vídeo:
Artigo de Engels, publicado no “Neue Rheinische Zeitung” em 1849 (assim como mencionado pelo historiador: “Ele primeiro apareceu em janeiro, 1849, no jornal de Marx, “Neue Rheinische Zeitung”, Engels escreveu sobre a guerra de classes, nos termos marxistas.”):
http://marxists.anu.edu.au/archive/marx/works/1849/01/13.htm
Artigo de Marx no New York Daily Tribune e republicado the People’s Paper, ambos em 1853:
https://www.marxists.org/archive/marx/works/1853/03/04.htm
lucas
Encontrei esse mesmo erro no livro
‘O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota’, de Olavo de Carvalho.
É uma pena pois da mesma forma que a esquerda publica informações manipuladas a direita faz o mesmo. Temos que sempre confirmar se a fonte primária diz o mesmo.
Francisco Seixas
Prezado Otávio Pinto.
De minha parte, entendi perfeitamente seu objetivo de crítica restrita à inveracidade da frase. Em nenhum instante demonstrou qualquer simpatia à ideologia Marxista, colocando-se de forma imparcial.
Acima de tudo, quero parabenizá-lo pela elegância, cordialidade e fidalguia com que respondeu à alguma questões colocadas de forma mais passional e agressiva.
Otávio Pinto
Obrigado pelas palavras gentis, prezado Francisco Seixas! Abraços.
Renato Russo
A direita conservadora do Brasil precisa de tratamento psicológico ou voltar pr ensino fundamental. Frase falsa atribuída a Marx, sem ad homines, mas não tem como deixar o aspecto canalha, mau caráter e pseudo científico dessa direita brasileira corrupta, moralista sem moral e falaciosa, a direita brasileira repete o Mein Kampf e a tática Mein Kampf de Hitler de 1923. Não existe um trecho nas centenas obras de Marx em que ele defenda o estado, pelo contrário, “o estado esmaga o oprimido” ouça a internacional comunista, leia o manifesto e não seja um conservador mau caráter e desonesto intelectual.
Romero
Prezado Otavio,
Sei que estou atrasado nos comentários, mas só vi o blog agora. Uma sugestão é compilar os comentários mais agressivos acima para levantarmos a questão do analfabetismo funcional no país. Como se vê, mesmo pessoas que parecem ter um nível mais elevado de estudo, simplesmente não sabe ler, mesmo textos curtos. Sabe apenas repetir os sons das letras, como se fosse uma partitura, mas é incapaz de entender qualquer significado.
Obrigado e parabéns pela iniciativa.
Alexandre
Pelos textos de Marx e Engles, fica evidente que ambos eram favoráveis a um genocídio em nome de uma suposta revolução.
Alexandre
As críticas em relação à virulência dos textos marxistas não são fora da realidade. Não é possível que alguém anda defenda que deturparam Marx/Engles.
“Os comunistas não se rebaixam a dissimular suas opiniões e seus fins. Proclama abertamente que seus objetivos só podem ser alcançados pela derrubada violenta de toda ordem social existente. Que as classes dominantes tremam à ideia de uma revolução comunista! Os proletários nada têm a perder nela a não ser suas cadeias. Têm um mundo a ganhar.”
“Die Kommunisten verschmähen es, ihre Ansichten und Absichten zu verheimlichen. Sie erklären es offen, daß ihre Zwecke nur erreicht werden können durch den gewaltsamen Umsturz aller bisherigen Gesellschaftsordnung. Mögen die herrschenden Klassen vor einer kommunistischen Revolution zittern. Die Proletarier haben nichts in ihr zu verlieren als ihre Ketten. Sie haben eine Welt zu gewinnen.”
(Marx e Engels, Manifesto comunista, último parágrafo)
José Carlos
“Os comunistas não se rebaixam a dissimular suas opiniões e seus fins. Proclama abertamente que seus objetivos só podem ser alcançados pela derrubada violenta de toda ordem social existente. Que as classes dominantes tremam à ideia de uma revolução comunista! Os proletários nada têm a perder nela a não ser suas cadeias. Têm um mundo a ganhar.”
O mesmo que dizia hitler mas no formato nazista.
D. Rodrigo
Pelo que eu li, a frase foi publicada inteira num jornal, mas tudo bem, você admite que a junção dos dois pensamentos resulta na frase do Marx. Engels e Marx eram parceiros, pode apostar que eles acreditavam nas ideias um do outro e que essa síntese das duas frases (se foram realmente duas frases combinadas) seria muito bem recebia por ele. Essa conversa de que deturparam Marx de algum forma não cola mais, só resta aceitar que ele teorizou uma das piores ideologias já existentes na face da terra, e que ferra com o Brasil há anos, inclusive.
Rafael
Nos documentos originais em alemão está exatamente como descrito. Você tá querendo limpar a barra do Marx. Tem um professor que estuda alemão que tem os arquivos originais. Agora quer botar a culpa da tradução no Glenn Beck?
Otávio Pinto
Obrigado pelo comentário. Rafael. Não “coloquei a culpa” no Glenn Beck, nem o texto tem intenção de “limpar a barra de Marx”, apenas de tentar desvendar a origem da frase.
kelvys
Gostaria que postasse a fotografia de um cidadão negro nascido e criado na Russia Berço do Comunismo.
Juliana Pereira
Estava procurando sobre conservadora. Obrigada
Gabriel Morais Pontes
Pode ser que Marx não tenha colocado nessas exatas palavras, mas o Manifesto Comunista e o Oulanem – pouco conhecido inclusive – não mentem…
Em alemão:
“Die Kommunisten verschmähen es, ihre Ansichten und Absichten zu verheimlichen. Sie erklären es offen, daß ihre Zwecke nur erreicht werden können durch den gewaltsamen Umsturz alle bisherigen Gesellschaftsordnung. Mögen die herrschenden Klassen vor einer kommunistischen Revolution zittern. Sie haben eine Welt zu gewinnen”.
Marcos Castro
Vc se preocupou tanto em passar pano para o co-autor de “O Capital”, Engels, que esqueceu que Moscou seguiu à risca as recomendações do autor, promovendo verdadeira limpeza étnica nos países satélites da ex-URSS.
Eduardo Moreira de Lima
Engraçado é que ninguém falou nada, escondem as podridão dos fundadores do comunismo, depois vem falar que é “erro de interpretação´´ igual num blog tosco que vi, fala que não foi Karl Marx que falou foi Engle ou um amigo dele, a outra desculpa é falar que foi o partido comunista e não o Marx, ou dizer que os americanos que falaram que ele falou, ou não tem a fonte primária, bom, os documentos da Bíblia também não tem fontes primárias pois já se passaram 2 mil anos, não existe papiro que suporte. nem por isso é mentira.
Isso é tudo fonte de harvard que pensam que são alguma coisa, sendo que hoje diploma de Harvard e papel higiênico é a mesma coisa, conhece o seu Obama ? ele foi diretor de Harvard. você acha que Harvard hoje é a mesma de 30 anos atrás ? claro que não. hoje quem possui boa parte da Universidade Harvard é o Princípe Saldita islamico, antiamericano, mesmo estando na Inglaterra não há um conservador lá sequer, basta ver pelos alunos como a apresentadora da MSNBC e os professores de lá, só faltam sair condenando os Republicanos, e agora querem mudar a história escolhendo quem falou o que e onde.
Fausto Henrique
Parabéns pela honestidade intelectual! Coisa cada vez mais rara.
Otávio Pinto
Obrigado!
Leila
Patética essa tentativa de dissociar Marx do genocídio comunista. TODAS as revoluções comunistas foram genocidas, seja na extinta URSS, seja em Cuba ou na China. E adivinhe? Não foram perpetradas por gente inculta. ERAM TODOS ACADÊMICOS ESTUDIOSOS! Fidel era intelectual, Mao Tse Tung era intelectual, Lênin era intelectual. TODOS ELES estudaram Marx antes de perpetrarem suas revoluções, portanto, seguia á risca os ideais marxistas. Não me venha com churumelas.
Henrique
É engraçado que este artigo, longe de provar a inveracidade da expressão de Marx, a torna mais evidente e agressiva. kkk
Ma´rcio
Esse George Wstson foi um pilantra e mau caráter.
Claudio
Otávio parabéns! Conheci o Blog hj enquanto estudo a religião no pensamento marxiano e marxista.
Parabéns também pela paciência com os comentadores apaixonados.
Otávio Pinto
Obrigado pelas palavras gentis, Claudio!
HUDSON CARVALHO
Olá, de qualquer forma, como explicar o que Lênin e Stalin fizeram na antiga URSS e Mao-Tsé Tung na China.
O primeiro foi responsável pela morte de 40 milhões de pessoas e o segundo por 70 milhões.